Instruções do Exame

PSA LIVRE ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO

Instruções para paciente

Jejum não necessário.
Preparo: Para realização do exame o paciente precisa atender às seguintes condições: não ter ejaculado nas últimas 48 horas; não ter feito exercício em bicicleta (ergométrica ou não) nos últimos dois dias; não ter andado de motocicleta nos últimos dois dias; não ter praticado equitação nos últimos dois dias; não ter usado supositório nos últimos três dias; não ter recebido sondagem uretral ou feito exame de toque retal nos últimos três dias; não ter feito cistoscopia nos últimos cinco dias; não ter realizado ultra-sonografia transretal nos últimos sete dias; não ter feito colonoscopia ou retossigmoidoscopia nos últimos 15 dias; não ter realizado estudo urodinâmico nos últimos 21 dias; não ter feito biópsia de próstata nos últimos 30 dias. Obs.: no caso de homens que tenham feito prostatectomia total (retirada total da próstata), o preparo não é necessário

Interpretação
Diferenciação entre HBP (hiperplasia benigna da próstata) e câncer de próstata. O uso da dosagem de PSA livre/PSA total pode reduzir o número de biópsias desnecessárias em pacientes com níveis de PSA total entre 4,0 e 10,0 ng/mL. Níveis >25% (0.25): sugestivo de hipertrofia benigna. Níveis <16% (0.16): sugestivo de carcinoma. Bibliografia: Catalona WJ, Partin AW, Slawin KM, et al, 'Use of Percentage of Free Prostate-Specific Antigen to Enhance Differentiation of Prostate Cancer From Benign Prostatic Disease. A Prospective Multicenter Clinical Trial,' JAMA, 1998, 279(19):1542-7. O PSA é uma proteína seminal com funções enzimáticas, produzido pela próstata, glândulas periuretrais e periretal. Embora presente em altas concentrações em fluidos seminais, o PSA está presente em concentrações muito baixas na circulação do homem saudável. Fisiologicamente, a maioria do PSA presente na circulação está ligado à antiquimotripsina (ACT) e alfa-2-macroglobulina, inibidores das serina-proteases; somente uma pequena fração de PSA encontra-se livre na forma circulante. Esta condição de associação a outras proteínas provavelmente contribui com a meia vida elevada do composto na circulação (2 a 3 dias). O PSA, devido à sua produção fisiológica muito particularmente associada à próstata, é utilizado como molécula marcadora de volume prostático, uma vez que suas concentrações tendem a refletir o volume do órgão. A associação do uso do PSA rotineiramente e do toque retal está contribuindo para o estabelecimento de diagnóstico de HPB (Hiperplasia Benigna da Próstata) e câncer de próstata precocemente, o que facilita o tratamento e confere índices de sobrevivência progressivamente melhores aos indivíduos afetados. Indivíduos com PSA alterado devem ser investigados com ultra-sonografia transretal, biópsia e outros métodos, conforme indicação clínica. Até recentemente, o ponto de corte para homens normais era de 0,0 a 4,0 ng/mL. Valores acima deste patamar deveriam ser investigados, podendo tipicamente representar HPB, câncer de próstata ou prostatites agudas (geralmente acompanhadas de sintomas clínicos típicos e perceptíveis). A diferenciação de patologias é, desta forma importante. São utilizadas várias estratégias diferenciais, posto que o tratamento é diverso em cada caso. O uso da determinação de percentual de PSA livre e biópsia prostática é a mais freqüente. Valores superiores a 10 ng/mL são mais freqüentemente associados a câncer de próstata, embora outras causas (especialmente prostatites) possam ocorrer.